:::No sex and the city:::


entrando numa furada

Tenho um enrosco que eu já sei que não vai dar em nada. Isso não me isenta de resguardar minhas emoções e me prender ao racional com unhas e dentes recitando três vezes ao espelho pelas manhãs “eu não vou me envolver, eu não vou me envolver, eu não vou me envolver”. Não tenho esse auto-controle. Eu olho para o espelho e digo “eu não devo me envolver, eu não devo me envolver, eu não devo me envolver”. E então passo a ignorar o espelho, os riscos e me jogo. Claro que não funciona. Claro que tenho chances de me ferrar. Claro que sou assim, um tanto emocional demais.
Tenho uma certa inveja [branca] de pessoas que dividem tudo tão bem. Eu já acreditei que era boa nisso, mas me enganei. Eu me engano e finjo que
tudo está sob controle, mas raramente está. Só fica sob controle se eu não tenho lá grandes interesses.
Nós mulheres temos a mania de auto-afirmar uma coisa, mas fazer totalmente diferente. Uma amiga andou batendo os pés dizendo que não estava apaixonada por um amigo, mas estava de quatro. Somente hoje é que assumiu totalmente sem graça de que está mesmo apaixonada pelo ser, que já demonstrou não querer muito além do que está rolando, mas assim como a maioria, ela faz uma leitura contrária de todos os sinais que ele tem dado. Eu também faço isso algumas vezes.
O meu ser em questão tem uma namorada, se diz apaixonado por ela, porém ela está longe, muito longe e há poucas possibilidades deles se encontrarem nos próximos meses. Eu caí do céu na hora certa e no lugar certo para esse ser [se é que vocês me entendem]. Ele também caiu, já que eu tenho tirado um ótimo proveito da situação.
No início ele tinha ficava com a consciência pesada, agora ele não resiste mais, não comenta mais, apenas aproveita. O ruim [para mim] é que lidamos de forma diferente com a situação. Independente de eu estar ou não envolvida, eu curto carinho, muito beijo na boca, essas coisas. Ele já cria uma barreira e não permite que eu a ultrapasse. Acorda de manhã e sai correndo, beija o menos possível [vive freando e isso é horrível].
Ao vê-lo trocando torpedos em plena balada eu fiquei tão mal-humorada que me dei conta do risco que ando correndo. É o coraçãozinho com batidas erradas alertando que é hora de puxar o freio também e claro, olhar mais em volta.
No início do ano eu apostei na França, mas voltei meu olhar ao norte, porque lá também tem tido sempre boas surpresas e o vento anda trazendo novidades. A França começa a me cansar um pouco.

como se desculpar de um flagrante

Uma das piores situações que alguém pode passar é ser flagrado de forma comprometedora. Eu já passei por isso e foi constragedor [como deve ser sempre]. Lá estava eu no maior rala e rola com um ex-namorado, quando o irmão dele entra no quarto sem ao menos bater na porta. Por que não trancamos? Sei lá, flagras sempre acontecem porque esquecemos de alguns cuidados básicos.

Hoje fiquei sabendo de uma amiga que foi flagrada pela mãe do namorado. A cena foi a mais tosca: os dois estavamo absortos num 69 quando a distinta senhora entrou no recinto, que além de estar abrigando a cena, deveria estar com o típico cheiro no ar. Será que ela sentiu da cozinha?

Os dois se enfiaram debaixo das cobertas, mas claro, não dá para disfarçar. A minha amiga ainda disse que olhou para a boca do namorado e estava naquele estado “lambendo os beiços”.

Claro que agora ela vai dar um tempinho até voltar a casa dele. Uma outra amiga, que também ficou chocada com o flagrante, sugeriu pedir desculpas à sogra. Desculpas do que? Como a própria flagrada disse:

– Mando flores e um cartão dizendo “desculpas pelo boquete”.


dias orgásticos

Eu até gostaria de ver Rolling Stones novamente. Tenho ótimas lembranças da sua última passagem pelo Brasil. Segundona fria e molhada e eu nas mãos de cambistas. Sorte de última hora, a chuva afastou os menos animados e acabei saindo sem prejuízo e ainda com uma camiseta de brinde. Encarei a empreitada sozinha e depois, sem ter como voltar para casa, eu fui dormir no namorado embalada por “satisfaction”.

Agora o rock está na moda mais do que nunca. O mundo curte rock, nossos pais curtem rock, os vizinhos curtem rock. O que um dia foi sinônimo de transgressão, hoje é unanimidade permeada por anseios.

Não vou para o Rio. Uma preguiça danada de encarar o provável aperto e até um medinho. Há um lado que queria muito estar no meio da bagunça, mas o lado velho não permite, assim como a conta bancária colabora para o lado preguiçoso.

Enquanto aqui no trabalho todos estão de malinhas prontas para o Rio, eu encaro uma ressaca a base de café e analgésicos para aliviar a enxaqueca. E fico embalada por “you could have is to much better” para aumentar a vibração que antecipa a chegada do Franz Ferdinand aqui pelos trópicos.

Depois de encarar o stress de achar que ficaria fora dessa, agora chovem ingressos por todos os lados. Quem dá mais? Até para amigos mais desavisados eu consegui ingresso de última hora pagando o preço dos justos: o da bilheteria. Amigos enviam emails perguntando se sei quem quer ingresso, mas claro, com reajuste astrônomico. Todo mundo querendo ganhar em cima do desespero alheio. Eu que pude comprar oito ingressos, comprei apenas cinco, pois não sei super faturar minhas vendas, talvez por isso eu seja uma pessoa tão falida.

Assim como amanhã será um sábado especial para muitos, terça será bem especial para outros muitos incluindo eu, que estou em polvorosa pela chance de cantar “Walk Away” e “Do you want to” com Alex Kapranos e morrer um pouquinho, já que dizem por aí que o orgasmo é uma pequena morte e show de rock de banda que gosto é sempre orgástico [que bom, assim eu libero o que está contido e dou um jeito na pele, já que chocolate não está dando conta].

E viva o rock´n roll!! Que o rock continue em alta e que venham muitas bandas abalar nossos corações moles e acabar com nossas cordas vocais.


envelhecendo

Eu ando cheia de más intenções. Talvez eu até tenha nascido má intencionada e passado parte da vida disfarçando. Até o final da adolescência eu era pudica, cheia de preconceitos, ingênua e sempre que passava o caderninho de recordações no final do ano vinham mensagens que na interpretação soava como “que você continue essa pessoinha medíocre e ingênua”.

Hoje eu estava de pernas para o ar na varanda, ouvindo Coldplay e lendo sobre a chegada da temida velhice. Eu que sou uma balzaquiana tenho de vez em quando terríveis medos de envelhecer. Às vezes me olho no espelho e me deparo com minhas linhas de expressão mais marcantes e fico desconsolada.

Depois passa, até porque em todos os outros quesitos eu me prefiro hoje. Ontem tive um almoço com amigas com quem eu trabalhei há um tempo atrás. Todas são casadas e mais velhas que eu. Enquanto eu desfio meus últimos afetos e desafetos, elas comentam suas crises conjugais. Sinto-me uma adolescente enquanto falo da minha vida agitada enquanto elas parecem preocupadas demais com o dia-a-dia.

E então eu concordo com a matéria que li que envelhecer é um processo diferente do que enxergamos. Fiquei boquiaberta com dona Elza Soares contando sobre sua vida. Que mulher é essa? Como questionou a repórter: de que planeta ela veio? Idosa, mas muito mais jovem do que muitas amigas que tenho [só para citar as que eu conheço], vaidosa, bonitona, festeira, viva. Deu até vontade de envelhecer. E como ela falou, nosso país é preconceituoso demais com a velhice. Por isso preciso ler matérias assim para sair do comum e enxergar com outros olhos a velhice. Temos alguns discursos prontos, mas na real tudo é diferente, ganha uma conotação negativa, nos deixa desconsolada.

Aí eu voltei ao banheiro e até achei minhas pequenas expressões simpáticas. Ri do meus cabelinhos curtos com presilhinhas coloridas, da boca torta pela anestesia dada pelo dentista no final do dia, os olhos curiosos, as pequenas espinhas que insistem ainda em aparecer na lateral do meu rosto esquerdo [só tenho espinha do lado esquerdo…. será alguma disfunção ou um sinal de que o lado esquerdo do meu corpo é prejudicado, incluindo o cérebro?].

Claro que depois do tapa na cara, eu resolvi brindar à minha idosa juventude e passei a noite dançando rock´n roll e claro, voltando às minhas más intenções que fez eu me divertir um bocado no último final de semana e brindar em dobro ontem.

–> ps: passem na minha delicatessen


bluetooth vibrator

Esticando o assunto do post anterior, hoje li no UOL que numa pesquisa no Canadá foi detectado que 82% dos jovens que responderam são praticantes de sexo virtual. Como eu cresci sem computador e o máximo da tecnologia presente na minha vida foi a chegada do video-cassete, eu “ainda” não sou uma praticante do ato, pois não dou conta. Prefiro as provocações.

Já quem nasceu com computador em casa e cresceu fazendo tudo no computador, o sexo é apenas mais uma atividade resolvida também através da tecnologia.

E falando em tecnologia, a descoberta do dia foi o “bluetooth vibrator“, que eu não poderei ter porque o brinquedinho custa módicas 120 libras. A idéia é genial e acompanha a nossa evolução tecnológica. É assim: você compra o kit que vem acompanhado de um celular e as vibrações variam de acordo com a mensagem enviada. O site ainda complementa: você diz o que sente e o vibrador faz o resto.

O ideal deve ser receber mensagens longas, pois imagino que um mero “oi” deve provocar apenas um choquinho. Fico imaginando passar o dia com um brinquedinho desse. Estou trabalhando e de repente recebo um torpedo! O duro é se manter ilesa na cadeira e claro, manter a pose e não ficar virando os olhinhos em pleno expediente.

E pergunto o mesmo que a minha amiga “será que se a mensagem for escrita em maiúscula, a vibração será mais forte?’.


sexo virtual

Essa é a semana internacional do sexo virtual. Não sei se seria capaz, mas confesso, já fiz. Quer dizer, não fiz. Eu ficava escrevendo bobagens e animadinha com o que eu lia, mas só [não tinha ação, entende?]. Afinal as mãos estavam ocupadas com o teclado. Webcam nem pensar, porque eu não acho que sou boa na telinha. Até fiz curso de vídeo, mas não me saí bem, então para que insistir e quebrar qualquer encanto virtual, hein?
Hoje cheguei no trabalho e um amigo veio correndo contar para mim e para a minha vizinha de mesa sobre sua noite picante. Logo parei o que eu estava ouvindo para saber dos detalhes. No caso dele, ambos tinham webcam e tudo começou com a garota ameaçando levantar a blusa e de repente, uhuu… lá estava a telinha preenchida com o frontal avantajado da garota, que conforme a descrição dele estava tudo em cima.
Claro que ele se animou. E aí a história foi longe. O bom é que parece que sexo virtual demora mais do que sexo real. Muita provocação, preliminar, olhares, risinhos. Deve ser assim. Talvez eu crie coragem e experimente um dia. Quem sabe eu tiro meu ex-pretê holandês da geladeira e o presenteie com uma hot session?
Confesso que eu não teria coragem. Sei lá, já me vi em vídeo e achei tudo péssimo. A insegurança não permitiria. Certa vez eu o provoquei no msn. Nada de palavras diretas ou ação preliminar. Apenas entrelinhas. Era ótimo ver a expressão dele se alterando na telinha. Parou aí. Ninguém teve coragem de ir adiante. Ficar com vontade contida não é pra mim.
Até lembrei de uma crônica do Xico Sá em que ele aceitou fazer um teste [acho que era para a Trip] de transar com uma ovelha inflável. E não é que conseguiu e parece até que o negócio foi bom! É, noites solitárias existem, vontades incontidas também. Nada como ter uma válvula de escape para esses momentos. Eu preciso arrumar um.
E depois da história picante do meu amigo [ele contou para nós quase todos os detalhes], foi a vez de eu me surpreender com uma outra amiga. Ela também andou praticando tal ato através da telinha. E viva a banda larga!
Não sei se as coisas foram tão longe. No caso dela, ela teve mais sorte .Ele tinha webcam e ela não. Ele mostrou tudo e apenas ficou imaginando o que rolava do outro lado da telinha, enquanto [imagino eu] ela provavelmente contava detalhes de como estava. O rapaz ficou tão animado que disse que vai mandar uma webcam de presente para ela! E viva pessoas que tem dinheiro para presentear as outras.
Vou tomar banho, porque depois de ter um dia recheado de histórias picantes, o clima esquentou e eu estou na fase em que parece que a lei é a abstinência. Coitada da minha pele.
Enquanto isso, do outro lado do trópico, um amigo me conta excitadíssimo que amanhã irá fotografar a bonita da Isabella Rossellini no Berlinale. É chique demais.

segundo encontro

Raramente um “ficante” de balada ultrapassa a porta do local com você, a não ser que seja para ir parar no seu quarto e, provavelmente, sumir na seqüência. Alguns casos fogem à regra, você recebe um telefonema inesperado e então vem o [muitas vezes temido] segundo encontro.

Baladas são geralmente escuras, o que melhora a aparência de quem as frequenta. E ainda a intensa produção a qual nos entregamos para ficarmos mais “atraentes”, porque como disse uma amiga, quem para a pista é porque alguma coisa quer, mesmo não assumindo nem para si mesma. O alcool dá o toque final e melhora ainda mais.

Resumindo: geralmente a pessoa com quem você fica muitas vezes não é a que você encontra no segundo encontro.

Segundo encontro é cada vez mais raro e gera uma certa expectativa. Eu tive alguns e apenas um vingou em namoro. O duro do segundo encontro é domar a nossa própria insegurança. Geralmente imaginamos ele [fisicamente] melhor do que é, o que faz a gente acreditar que ele também tem uma visão de uma pessoa que não é você [sempre achamos que ele tem uma lembrança melhor do que somos na verdade… isso sim é o nosso pocinho de insegurança].

Eu já fui para segundo encontros com as mais temíveis dúvidas. O que rendeu em namoro, eu tinha cismado que ele estava bem acima do peso, apesar de não acha-lo gordinho quando ficamos juntos, mas a camisa larga dele parecia esconder alguma coisa e escondia o que eu já imaginava, uma barriga não muito atrativa. Claro que isso não foi um empecilho para meu interesse se esvair no primeiro sorriso. Ao contrário, eu fiquei de quatro e me apaixonei. Armadilhas do coração, claro.

Tive uns encontros bem desastrosos. Uns em que eu pareci até mais do que o outro imaginou e outros em que eu era muito menos do que ele esperava. Em uns eu fugi do terceiro encontro, em outros eu acendi velinha para ele rolar e não rolou.

Uma amiga me contou que para ela o segundo encontro foi quase traumatizante. Ela estava bem nervosa com os pensamentos normais desse momento: e se ele não gostar de mim? Pois bem, assim que o encontrou, a primeira frase dele foi “nossa! como você é baixinha!”.

Eu já tive todas as impressões possíveis do que acharam de mim no segundo encontro que eu falava demais, que eu era decidida demais, que eu era independente demais, que eu era feia demais, que eu era magra demais, que eu era legal demais.

Alguns valiam a pena, outros não. Hoje lendo a coluna da Antonia Pellegrino na TPM, eu concordo quando ela questiona se o amor saiu de moda. As pessoas estão mesmo cada vez com mais medo de se envolver, o que faz um segundo encontro ser cada vez mais raro. E eu romântica como sou, sofro um monte por causa desse nosso mundinho moderno & confuso.

Pergunta a um amigo, mas respondida por uma amiga:

– O que faz você fugir de alguém?

– Achar que a pessoa está se envolvendo comigo. – responde ela sem titubear


matraca

Hoje fiquei brava porque um amigo que gosto muito andou falando mal de mim. O problema nem é falar mal, mas é falar mal de mim para um grande amigo meu, que aliás, foi eu que o apresentei. E além de falar mal de mim, acha que sou louca por ele. Pois bem, louca eu não sou. Louca sou de um dia ter cogitado a idéia de ficar com ele.

Ele é D, o tal “ex-pretê na roda”. Diante da minha indignação pelos comentários tecidos por D., eu resolvi coloca-lo temporariamente na geladeira, o que representou deleta-lo das teias cibernéticas que nos ligavam. Claro que ele percebeu e perguntou se eu tinha batido a cabeça. Ignorei.

É isso, nunca deixe uma mulher furiosa, pois tendemos à vingança, mesmo que ela não seja necessariamente uma vingança clara. Depois, já no carro em direção à minha casa e com D na minha lixeirinha ciber, eu comentava indignada com a minha amiga o que D falou a meu respeito.

Ela concordou num ponto: como ele fala mal de mim para o meu amigo? É, esse foi o erro dele, porque como podemos falar tão mal do mundo o tempo inteiro?

Eu já fui uma pessoa mais bacana e ultimamente ando uma pecadora compulsiva. Talvez sejam as más influências, porque há fases que sou assim: altamente influenciável, em especial quando estou na tpm. E ando falando mal mais do que deveria [vários puxões de orelhas, por favor!]. Um hábito adquirido há pouco tempo, mas que tem me tornado uma pessoa detestável.

Obviamente eu não tinha sacado isso. Cá estou revendo esse meu ladinho “big brother” e me colocando na linha, senão eu corto alguns dos meus pequenos prazeres em vingança a mim mesma.

Homem fala mal das pessoas, mas num grau muito inferior às mulheres. Como podemos achar defeito em tudo, criar um problema em pequenas bobagens e achar desvio de caráter no mundo e achar que somos as únicas ótimas e perfeitas?

Pois bem: aqui está meu manifesto contra minha boca, que será daqui por diante mais generosa [ou muda] em relação ao mundo. Ah, e claro, hora de falar menos [também não é calar a boca para sempre], porque mulher que fala demais é muito chato e acho que muitos dizem por aí:

– Ela é legal, mas falaaaaaaaaaaaaaaaaaa que é uma coisa!

Já está na minha listinha básica de coisas que quero fazer e eu chego lá.


dedos mágicos

Tenho alguns amigos gays, mas poucas amigas lésbicas. Estou acostumada a ouvir deles as histórias mais surreais do planeta, já em relação a elas para mim tudo parece muito velado. Geralmente elas não me contam nada e eu fico curiosa em saber como as coisas rolam.

Eis que vem uma confissão na mesa do almoço. Tudo começou numa festa que fomos num final de semana. Minha amiga estava animadinha e parecia um ventilador, tanto virava a cabeça para ver a mulherada que chegava. O tipo ideal apareceu, mas acompanhada e ela foi enchendo a cara o suficiente para ficar mais generosa na escolha.

A essas alturas, uma outra amiga que nem é do babado também virava copos e copos. Enquanto uma pulava, a outra ia caindo cadeira abaixo. Eu, mais sóbria do que nunca, me divertia com a situação. Fui dar umas voltinhas e quando voltei, me deparei com as duas se agarrando. Ri e não acreditei. Ela com ela? Ahn?

No dia seguinte fomos todos almoçar [com exceção da minha segunda amiga] e já chegamos colocando a primeira na parede:

– E aí, ela dormiu no seu apê?

– Claro que não. Me deixou lá e foi embora.

E então tirou o celular da primeira amiga da bolsa e pediu para eu devolver a ela.

– Ué, mas como ela esqueceu o celular com você se foi ela quem te deu carona?

Tempo vazio, comida na boca, chama o garçom, acende um cigarro, ri.

E os três olhando para ela esperando uma resposta.

– Ela dormiu lá.

– Ahhhhh – quase em coro!

– Mas conta, o que rolou?

– Não rolou nada. Ela chegou, deitamos e dormimos.

– Sei. Conta logo!

E a cada espremida, um detalhe vinha à tona. No final tinha rolado tudo e ela estava passada com a habilidade da nossa amiga que nem do babado é, mas foi a mais ativa que ela cruzou na vida, que a fez ver estrelinhas tão rapidamente, já que nossa amiga parece ser dona de dez dedos mágicos e sabe bem o que fazer com cada um deles.

Os detalhes foram pra lá de generosos e eu não ouso compartilhar. A dona dos dedos mágicos virou para minha amiga a “referência”. De acordo com P a dona dos dedos mágicos é dez e P já anda sofrendo com as comparações que fez depois da intervenção da dona dos dedos mágicos na sua vida.

Até eu fiquei curiosa com tal habilidade!!! Afinal não é sempre que você ouve [ou conhece] alguém dizer que alguém tem dedos mágicos.

ps: meu blog sempre fica mais picante quando minha vida está no banho-maria


meus passeios virtuais

Há sites que fazem eu esquecer do tempo e me deliciam. Ao invés de ter um delicious, eu optei por uma delicatessen, que é um blog anexo [já estava na hora de ter um “puxadinho”] com os links que fazem a minha cabeça no dia-a-dia.

Ainda está nascendo…. mas todo dia terão destinos novos.